Mário Pires Simão
Doutor e mestre em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Departamento de Geografia da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (FFP/UERJ). Colaborador da Uniperiferias do Instituto Maria e João Aleixo, centro de estudos sobre periferias urbanas. Foi Secretário Adjunto de Educação da Prefeitura da cidade de Nova Iguaçu. Professor de Geografia da Educação Básica no Município do Rio de janeiro e no Estado do Rio de Janeiro, desde 1995 e 1998 e também já atuou na rede privada. Atua principalmente nos seguintes temas: juventude, favela, território, cultura e educação e direitos à cidade.
projetos
Este grupo foi criado em 2019 como consolidação do debate sobre o urbano periférico, entendido aqui não pelas clássicas representações da relação centro-periferia, mas a partir do entendimento de uma urbanidade subalterna, transgressora produzida por novos sujeitos políticos, sobretudo jovens de origem popular que a despeito dos estereótipos com que são classificados, constroem visibilidade política e afirmam suas expressões estéticas com linguagens e formatos próprios. São temas relevantes para este grupo a educação em espaços periféricos, a cidade e o urbano periféricos, juventudes e trabalho. Atualmente nesta linha de pesquisa temos enfatizado em pesquisas com jovens estudantes e suas práticas socioculturais na cidade de São Gonçalo
Alunos envolvidos: Graduação (4); Mestrado (3)
Financiador(es): Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ – Bolsas, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ-FAPERJ – Auxílio Financeiro
Este projeto se propõe uma investigação da violência e mediação cultural em escolas de periferias
A pesquisa se insere na área da geografia, numa interface com a educação e tem como campo de investigação dois temas relevantes do contemporâneo, a saber: juventudes e periferias urbanas. O ponto de inflexão está na educação pública, localizada no município de São Gonçalo, no leste fluminense, especialmente nas escolas que são acompanhadas através da prática de Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Geografia da Faculdade de Formação de Professores da UERJ. O principal objetivo da pesquisa é: desenvolver diagnóstico e mediação cultural com fins de investigação sobre as situações de violência em duas unidades escolares do município de São Gonçalo/RJ, de modo a colaborar com o debate sobre os contextos de vida juvenil e de periferias urbanas, em suas correlações com as atividades político-pedagógicas implementadas por estas escolas.
Alunos envolvidos: Graduação (4)
Financiador(es): Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ – Bolsas, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ-FAPERJ – Auxílio Financeiro
Esta proposta é resultado de um conjunto de ações desenvolvidas no Colégio Estadual Melchíades Picanço como parte da relação estabelecida com a Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com as instituições comunitárias que estão situadas no bairro de Neves, em São Gonçalo, onde se localiza a unidade de educação básica. Para impulsionar ainda mais o esforço que o corpo docente e discente da unidade tem feito para qualificar suas ações de ensino e aprendizagem, propomos o Laboratório de Estudos das Relações Étnico-raciais e de Gênero na escola. Em resumo, o laboratório se assenta numa articulação entre escola e Universidade, comunidade e as sociabilidades juvenis.
Alunos envolvidos: Graduação (4)
Financiador(es): Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ – Bolsas, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ-FAPERJ – Auxílio Financeiro
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOCENTES EM GEOGRAFIA E OS TEXTOS E AS POLÍTICAS CURRICULARES NOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E GOIÁS
O objetivo deste projeto é analisar o processo de construção e desenvolvimento das aulas dos professores de Geografia da Educação Básica, a partir dos textos curriculares nos estados do Rio de Janeiro e de Goiás, para a compreensão das diferentes formas de ensinar esta disciplina nestes estados. Entendemos que nos últimos tempos a discussão de como os professores têm utilizado o texto curricular nas suas aulas e como suas práticas são realizadas para mediar do conhecimento é questionada, devido à vários fatores: uma delas é a questão da avaliação externa. Analisa-se que a importância de sua prática está na produção e nas situações cotidianas de ensino e de aprendizagem sobre os conhecimentos geográficos criados por eles no ambiente escolar ao desenvolver as propostas metodológicas a partir das competências, habilidades, conceitos e conteúdos apresentados nos textos curriculares dos dois estados. A partir do estudo de caso como referência metodológica, a pesquisa será organizada a partir das observações das aulas ministradas pelos docentes para reflexão sobre o papel e a contribuição que esta disciplina tem para a formação cidadã dos estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio, compreendendo de fato se a razão de ser da Geografia tanto nos textos e nas políticas curriculares como nas aulas docentes estão associadas a uma discussão crítica sobre a sociedade e o mundo atual, a partir dos fenômenos, fatos e conceitos geográficos que se apresentam no cotidiano dos estudantes.
AS REFORMAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS: O CASO DAS CIÊNCIAS HUMANAS E DA DISCIPLINA GEOGRAFIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES (2018-2021)
Nos últimos trinta anos se acirraram as discussões sobre as políticas públicas educacionais envolvem as questões ligadas às diferentes reformas no âmbito nacional, em virtude da aprovação de uma série de documentos, que tem normatizado e orientado os currículos dos cursos de formação de professores, das escolas e das disciplinas escolares. Essas mudanças estão relacionadas às políticas neoliberais e da globalização, implementadas pelo Banco Mundial, que nome do mercado mundial, busca desenvolver um projeto educacional voltado para a competividade e mercadoria. Desta maneira, o objetivo deste projeto é analisar os discursos presentes nos documentos educacionais Plano Nacional de Educação (2014/2024), Diretrizes Curriculares para Formação de Professores 2015 Base Nacional Comum Curricular e a Lei nº 13.415 de 16/02/2017 tendo como foco a formação de professores da disciplina Geografia. Por meio da metodologia da análise de discurso promover do contexto para a apreensão mais completa do objeto TV.
DIDÁTICA E MEDIAÇÃO DE CONHECIMENTOS GEOGRÁFICOS DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO
O projeto de pesquisa é oriundo de alguns questionamentos sobre a questão da didática do professor de Geografia e de sua formação na rede pública de ensino. Partindo do pressuposto que a formação docente e da didática são pontos importantes na discussão da organização dos conceitos e conteúdos dos fenômenos geográficos na articulação com o cotidiano, é imprescindível trabalhar no contexto atual na perspectiva de uma relação ensino e aprendizagem mais significativa. Para se pensar a Didática, antes de tudo, deve-se repensar o papel do currículo e da própria pedagogia atualmente, na busca de subsídios que movimente o olhar do docente e também do discente para perceber como essa disciplina cria condições para a compreensão do mundo. Esta que está relaciona, no caso da Geografia, a um conjunto de fenômenos geográficos que estão localizados no espaço na qual modifica a atuação do homem sobre a sociedade e sobre o meio em que vive. Na Geografia Escolar, o seu propósito é fazer com que o aluno compreenda e reflita sobre a sua leitura de mundo e do espaço para a organização das ações da sociedade sobre ela mesma e sobre os objetos e fenômenos para satisfação de suas necessidades. Nessa perspectiva, entendemos ser fundamental uma análise dos processos didáticos com os movimentos da escola, ou seja, a gestão e a cultura escolar, para que haja articulações entre os docentes e os discentes para interligarem o saber geográfico. A formação de professores de Geografia pode se pautar pela concepção de profissional crítico-reflexivo, essa formação deve ser aberta à possibilidade de discussão sobre o papel da educação, em suas várias dimensões, para a construção da sociedade e para a definição do papel da Geografia na formação geral do cidadão. A formação e prática docente estão interligadas com as necessidades que o sistema educativo gera em estruturar o conhecimento, para que esse mediador produza uma práxis dentro e fora da escola, possibilitando um diálogo entre a teoria e a prática, por intermédio de uma formação consolidada, orientada e articulada em promover um senso crítico no fato de pensar os professores como profissionais “reflexivos”. A construção de um saber docente que possa compreender o seu papel na produção espacial, bem como articular o ensino e a aprendizagem de maneira que esse possa ser o mediador do conhecimento, buscando novos parâmetros pedagógicos e geográficos. Pensando assim, é importante que esse projeto traga os professores da rede pública e privada a discutir e a mostrar o que estão realizada na escola, valorizando seu trabalho e permitindo também que esses participem da construção do conhecimento escolar na acadêmicas.