Astrogildo Luiz de França Filho
Possui graduação em Geografia (2005), especialização em Educação Básica, na modalidade de Ensino de Geografia (2007) pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2009) e Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2019). Atualmente é Professor Adjunto I da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/FFP-UERJ – São Gonçalo (2015). Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino de Geografia, História do Ensino de Geografia, Geografia e Materialismo Histórico-Dialético e Avaliação.
projetos
Este projeto tem como objetivo as práticas avaliativas na Geografia que se Ensina da escola contemporânea, a partir das categorias objetivos-avaliação e conteúdos-métodos como forma de organização do trabalho pedagógico em Geografia. A adoção destas categorias compreende-as como elementos cruciais da organização do trabalho pedagógico da escola capitalista. A ação contemporânea do Estado Brasileiro como um Estado Avaliador traz em si a consolidação progressiva de uma lógica de trabalho que reorganiza os diferentes aspectos da educação a partir de uma dada racionalidade que exige a adoção de medidas de desempenho e eficiência, incorporando assim um conjunto de referenciais que compõem o modus operandi da produção fabril. Tal processo torna-se mais visível com a reformatação dos currículos a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, por tabela, os materiais didáticos, além das novas metodologias. Para tanto, busca-se sistematizar os referenciais teóricos com compõem especificamente a avaliação enquanto um campo pluri-referencial a partir da literatura especializada, sobretudo trabalhos como os de Scriven (1978) e Cronbach (1980, 1983), da tradição anglosaxônica, notadamente a estadunidense; e da tradição brasileira como Ludke (1992), Luckesi (1986, 1990, 2011), Freitas (1995, 2003, 2014), entre outros. Além disso, o projeto busca reunir, catalogar e organizar materiais didáticos, manuais de ensino e demais fontes históricas escolares em banco de dados sobre as práticas avaliativas em Geografia dentro de sua trajetória histórica na escola básica além de elaborar formas alternativas de avaliação em Geografia dentro do processo pedagógico, conjuntamente com professores da escola básica, estudantes de graduação e pós-graduação.
Situação: Em andamento. Natureza: Projeto de pesquisa
Integrantes: Astrogildo Luiz de França Filho, Charlles da França Antunes
O objetivo deste projeto é focalizar a análise sobre a noção de raciocínio geográfico presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de Geografia e sua função na reorganização de uma Geografia que se Ensina atralada a uma Pedagogia das Competências. aprofundar e organizar a literatura crítica acerca do debate da Geografia sobre a noção de raciocínio geográfico em termos teórico-epistemológicos. A partir disto, tencionamos apontar a partir da própria lógica da BNCC como a) o raciocícnio geográfico, para além de um debate estritamente acadêmico e de uma mera proposta para o ensino de Geografia/Educação Geográfica, converteu-se, ao ser inroduzido na BNCC, em um política de Estado na medida em que é constituída como elemento integrante do componente curricular de Geografia; b) como essa política de Estado, a partir da ótica currículo-avaliação, se constitui não apenas como base para o que e como deve ser ensinado mas também como revela um mecanismo de organização do trabalho pedagógico de professores para com seus estudantes; c) se Freitas (1995; 2009) está correto na composição de seu binômio objetivos-avaliação/conteúdos-métodos como categorias de compreensão da escola capitalista e se autores como Ramos (2001) enfatizam o papel da chamada Pedagogia das Competências no reordenamento da função da Educação Brasileira na sua correlação com o mundo do trabalho, qual o papel do raciocínio geográfico presente na BNCC dentro dessa nova ordem? É possível extrair daquilo que está na BNCC, elementos úteis para um projeto alternativo de educação no que concerna à didática específica da Geografia? d) Por último, e fundamentalmente, que tipo de apropriação do raciocínio geográfico presente na BNCC deve ser feita pelos estudantes dos cursos de Licenciatura em Geografia? Qual a função destes cursos neste cenário de organização de um Sistema Nacional de Educação Brasileiro?
Situação: Em andamento. Natureza: Projeto de pesquisa
Integrantes: Astrogildo Luiz de França Filho